.

.

miércoles, 14 de diciembre de 2016

MPLA passa por Dificuldades


Fonte :KUP
MPLA passa por dificuldades
MPLA passa por dificuldades.jpg
Se alguém alimentou, até certo momento, alguma ilusão sobre a capacidade real do MPLA, essa ilusão acabou sábado passado, dia 10 de Dezembro de 2016, quando a montanha pariu rato.

Para celebrar o seu 60º aniversário, o MPLA em Luanda, mobilizou-se e esforçou-se a colocar em tudo que era canto, a sua propaganda, sobre o acto de massas que veio a ter lugar no Estádio 11 de Novembro.

Os organizadores do acto queriam mostrar a força do MPLA em termos de mobilização de massas na capital.

“A direcção do nosso partido decidiu realizar este acto no Estádio 11 de Novembro, para celebrar de modo inequívoco as vitórias do nosso Partido”, precisou Higino Carneiro 1º Secretário do MPLA, em Luanda.

Circularam versões desencontradas, mas nunca desmentidas de que no acto alusivo ao 60º do MPLA seriam apresentados ao público, o cabeça de lista do MPLA, nas eleições de 2017. Segundo essas versões desencontradas, João Gonçalves Lourenço, Bornito de Sousa e Fernando Dias dos Santos perfilhavam a lista apresentada por José Eduardo dos Santos ao Comité Central, como candidatos a Presidente da República, Vice-presidente e Presidente da Assembleia Nacional e seriam apresentados aos militantes do MPLA, no dia 60º aniversário do Partido no poder desde 1975, no âmbito do chamado processo de sucessão a José Eduardo dos Santos.


O dia 10 chegou, João Lourenço que não foi apresentado como cabeça de lista do MPLA, foi, entretanto, a figura central do acto, a quem coube o discurso alusivo ao dia da fundação do Partido no poder e por isso visto por observadores como cabeça de lista do MPLA. João Lourenço discursou mais de duas horas, exibindo arrogância, hegemonismo e exclusivismo para uma audiência apática e fustigada pelo sol, num Estádio 11 de Novembro vazio.

“O MPLA não conseguiu encher o Estádio 11 de Novembro, havia bastante clareiras”, comentou um observador atento, que também atribuiu nota negativa a ausência do Eng. José Eduardo dos Santos.

Com o seu acto de massas do dia 10 de Dezembro, o MPLA fez o tiro de largada da sua pré-campanha eleitoral, com vista às eleições de 2017. Olhando para o discurso proferido por João Lourenço, marcando a sua entrada na corrida pelo MPLA, observadores acham que o regresso ao passado e a interpretação errada que o MPLA faz da história marcou pela negativa a aparição do cabeça de lista.

“Foi um discurso marcado pelo regresso ao passado e referências polémicas. João Lourenço não esteve bem nesse seu regresso ao passado, que não pertence a ele, porque não faz parte da geração da gesta que libertou Angola”, adiantou ainda o observador que temos vindo a citar.

De salientar que João Lourenço atribuiu ao MPLA a exclusividade da luta de libertação que culminou com a proclamação da Independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975.

“Angola está independente graças à luta conduzida pelo MPLA”, declarou o político, desafiando que ainda que os outros queiram nunca terão o privilégio de dizer que trouxeram a independência de Angola.

O político citado como sucessor de José Eduardo dos Santos na liderança do MPLA, ignorou a participação da FNLA, (percursora da luta de libertação de Angola) e da UNITA.
www.unitaangola.org